O Everest é a escala dos desafios para elevar organizações de saúde a um patamar superior de eficiência que permita o acesso de todos os brasileiros aos cuidados certos, no tempo e custo certos.
A escalada é uma obrigação moral para todos os líderes que, de uma forma ou de outra, administram recursos das famílias que financiam o SUS e pagam os protagonistas da Medicina Suplementar.
Os desafios da escalada são imensos.
O 1º desafio é a quantidade e distribuição dos recursos da Saúde
Famílias e empresas brasileiras mostram sinais de exaustão no pagamento de impostos e preços dos serviços da Medicina Suplementar
Por outro lado, na Pandemia, Governos gastaram e gastarão trilhões em todo o Planeta com subsídios para mitigar os efeitos devastadores da COVID 19 nas economias das nações.
Enviarão a conta, como sempre, para as famílias.
No Brasil, há uma promessa de reforma tributária. Os líderes e agentes de lobby da saúde já se movimentam
Se vier, saberemos se a conta das famílias vai aumentar. Não quero ser estraga prazeres, mas para mim, morte e impostos crescentes são certezas.
O 2º desafio é reconstruir a comunicação das lideranças da saúde com a comunidade
“Vem que é seguro” reforçaria a natureza das organizações de saúde como contexto (seguro) para os pacientes buscarem o Melhor Estado Possível de Bem Estar com ou sem doenças infectocontagiosas.
“Fique em Casa” foi uma frase de efeito devastador na saúde de milhares de pacientes que procrastinaram atendimentos; milhares agravaram, morreram e morrerão.
E sangrou o caixa dos “pequenos animais” do ecossistema da saúde: a maioria vai para a prateleira digital da Black Friday dos Gigantes.
O 3º desafio é realizar o tantas vezes anunciado funeral do modelo de remuneração FEE for SERVICE
Eu apelido o atual modelo ora de “esterco fertilizante” da Terra dos Gigantes, ora de “anabolizante” dos Gigantes.
Como o clima na escalada é volátil, os caminhos mudam com as tempestades e a visibilidade é baixa, os lideres aventureiros só medem o avanço para o patamar superior registrando sinais e evidências
Veremos um sinal de avanço quando falarmos menos do que deveria ser “normal”: valor em saúde – pertinência, desfecho, experiência, desperdício -, segurança dos pacientes.
Outro sinal será a valorização equilibrada e gestão conectada dos ingredientes da eficiência sistêmica : pessoas que fazem chover, processos certos, prédio e tecnologias.
No patamar superior, Tecnologia de informação, robôs e algoritmos não serão panaceia para todos os males e para nos salvar de nós mesmos.
Quando chegarmos neste ponto, não lembraremos mais da frase quase centenária com a qual Fernando Pessoa registrou sua perplexidade com a crise Portuguesa de 1923: “extraviamo-nos a tal ponto que devemos estar no bom caminho”.
E teremos mais tempo de ler as outras coisas lindas do poeta nas nossas jornadas diárias em busca de pequenas histórias de felicidade.
E do melhor estado possível de bem estar.
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